A relação entre o aumento da próstata (conhecida como hiperplasia prostática benigna – HBP) e a disfunção erétil (impotência sexual) é um dos temas que mais dúvidas e incertezas suscitam.
Afinal, uma coisa é certa: os dois problemas afetam a qualidade de vida dos pacientes, por isso a combinação deles causa ainda mais preocupação.
Qual é a relação entre HBP e disfunção erétil?
Existem vários mitos que ligam a próstata e sua função à capacidade de obter uma ereção – e que não são verdadeiros.
Na verdade, eles representam mecanismos diferentes: a próstata desempenha um papel vital no processo de ejaculação, mas não no processo de ereção.
A função sexual masculina depende da interação normal entre os seguintes sistemas:
Hormonais;
Neurológico;
Vasculares (arteriais e venosas);
Psicológico.
Assim, uma alteração em qualquer um deles pode causar algum tipo de disfunção, resultando em impotência.
Embora algumas doenças da próstata possam interferir na sexualidade, elas geralmente não são as causas diretas.
Quais tratamentos podem causar disfunção erétil?
A HBP é uma patologia para a qual existe hoje em dia uma vasta gama de terapêuticas que, embora abordem a patologia, podem ter alguns efeitos secundários sexuais, sobretudo no que diz respeito à capacidade de ter uma ereção.
Além disso, também podem afetar a libido (desejo sexual), bem como o mecanismo da ejaculação.
A terapia medicamentosa é um dos métodos de tratamento com mais efeitos colaterais desse tipo, principalmente os inibidores da 5-alfa-redutase (finasterida e dutasterida).
A finasterida está associada à disfunção erétil em uma alta porcentagem de homens tratados, portanto não é um medicamento de primeira linha para HBP.
Os bloqueadores alfa podem reduzir o volume do esperma ejaculado.
Quando se trata de métodos cirúrgicos, sejam eles abertos ou endoscópicos, eles apresentam riscos muito raros de disfunção erétil, embora apresentem riscos no que diz respeito à ejaculação.