Quatro em cada 10 mulheres adultas são impactadas por falta ou dificuldades com desejo, orgasmo ou dor sexual de forma esporádica ou permanente, aponta uma estimativa comum entre especialistas.
Mas muitas delas nem sabem que têm um problema, ou quais são as causas e os possíveis tratamentos.
E nem que há um emaranhado de áreas envolvidas com a função e a disfunção sexual feminina, como ginecologia, psiquiatria, sexologia, psicologia, filosofia, sociologia, fisioterapia, educação sexual, cultura e antropologia.
O ciclo de resposta sexual feminino envolve, segundo o consenso científico atual, intimidade emocional, neutralidade sexual, excitação sexual, desejo sexual espontâneo, desejo responsivo e excitação sexual e satisfação emocional e física.
Tudo isso ligado há basicamente três fases, que podem acontecer ao mesmo tempo: desejo, excitação e orgasmo.
Segundo especialistas, a disfunção sexual feminina é qualquer reclamação ou problema sexual geralmente decorrente do distúrbio de:
- desejo (transtorno do desejo sexual hipoativo)
- excitação (disfunção da excitação sexual feminina)
- orgasmo (disfunção do orgasmo feminino)
- dor (disfunção da dor genito-pélvica-feminina)
Principais causas de disfunção sexual feminina
É o uso de medicamentos (como anticoncepcionais, antidepressivos, antipsicóticos e remédios para tratamento de tireoide ou para emagrecimento). “Os medicamentos mais relacionados com desejo sexual hipoativo e anorgasmia (dificuldade ou incapacidade de orgasmo), disfunção da excitação, são os psicoativos, entre eles os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), bastante utilizados na população em geral. Eles interferem muito na função sexual e podem reduzir o desejo sexual com muita frequência”
Há também o impacto de outras condições de saúde, como depressão, transtornos de ansiedade, hipertensão arterial e diabetes.